Alguns orientadores não percebem que o tempo passou

Alguns orientadores não percebem que o tempo passou

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Uma pessoa trabalha com transporte de cálcio, mas não faz a menor ideia do que o cálcio faz nas células. O que interessa mesmo é o trabalho publicado. Se hoje alguém diz que está doente, com sintomas de febre e dor de cabeça, logo pensa em virose. Até mesmo alguns médicos, com longo tempo de atividade, estão usando essa palavra com os seus pacientes. Imagine então os novos residentes.

Infelizmente são poucas as escolas, públicas e particulares, que conseguem fazer algo para conquistar o interesse dos alunos. Caso contrário, os recém diplomados, ao ingressar no mercado de trabalho, transmitirão conceitos errados por falta de conhecimento básico. Daí surge a falta de cultura geral.

Em uma equipe, o estudante realiza uma experiência qualquer, ganha o nome no trabalho, fica com aquela cara de sofrido e acaba convencendo o orientador.

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Tudo é montado. Cada um realiza uma tarefa e depois o trabalho é concluído, com o nome dos participantes e no final somente um e outro sabe o que aconteceu.

Às vezes o orientador dá o mau exemplo. Por outro lado, a culpa é também do sistema que força a pessoa a publicar muitos artigos sem interesse algum, só para ganhar bolsa-auxílio. E quem paga caro é o próprio estudante que recebe a remuneração, sem ter riqueza de conhecimento. Fato semelhante quando alguém é orientado ou sugerido a fazer uma tarefa em uma área em que não atua. Pelo menos, aprende apenas a ganhar dinheiro.

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A culpa, afinal, é de quem? Do orientador, do sistema ou do desinteresse do estudante? Os orientadores não percebem que o tempo passou e precisam criar outros sistemas para ensinar e testar outros planos de ensino e novas modalidades para concursos públicos e vestibulares.