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14 de jan. de 2010

Por que o G é ainda tão desprezado?


Antes do surgimento da internet e da existência de diversos programas ligados à saúde (não havia ainda acesso aos canais fechados), assuntos sobre sexo, nutrição, orientações para manter o corpo saudável e assim vai, eram lidos apenas em jornais, revistas e livros, fontes apreciadas por pessoas que não têm preguiça de ler.

Na minha época de estudante ginasiano - hoje esse termo não é mais usado - nas aulas de ciências e biologia, aprendiam-se as partes do corpo humano, funções de cada órgão, quantos dentes normalmente o ser humano possui, enfim, tudo na base da decoreba cuja atividade ainda insiste em permanecer viva na vida do estudante. Por isso, a aplicação do conhecimento deixa a desejar porque falta incentivo, mudanças na forma de ensinar com a utilização do método de interpretação de texto e eliminar tabus que distorçem a nossa mente.

O Ponto G, por exemplo, há 20 anos, era um assunto pouquíssimo falado. Na época, o sexo era considerado uma restrição tanto na família quanto nas escolas. Muitos professores tinham dificuldade - como alguns têm até hoje - de aplicar o funcionamento dos aparelhos reprodutores masculino e feminino, contentando-se somente com a fisiologia deles registrada nos livros.

Apesar das informações girarem atualmente mais do que a Terra, por que o Ponto G ainda existe no imaginário de algumas pessoas? Qual a dificuldade de levar esse assunto para as salas de aula, sabendo-se que a inocência juvenil está entrando em extinção gradativamente?

O Ponto G existe sim e todo homem é obrigado a encontrá-lo. Isso mesmo que você leu: é obrigação. O desprezo a essa zona erógena é invenção de quem nunca achou. É desculpa de quem tem preguiça de fazer amor. Acontece o mesmo com a leitura. Se muitos não gostam de ler, como irão entender que a experiência e prática levam a concluir que o Ponto G não morreu? Nenhum amigo, parente ou vizinho darão o caminho das pedras, já que não colocaram ainda na cabeça que as mulheres precisam de bastante carinho.

É preciso se livrar de padrões ou exigências de desempenho tão cobrados hoje em dia. A expansão das informações encurta o entendimento do Ponto G na teoria, pois na prática é bem mais fácil, sendo procurado através de intimidade e brincadeira sexual.

Então, vamos entender de uma vez? Primeiramente, na ausência do parceiro, pratique um estímulo auto-erótico após um banho relaxante - para fins higiênicos também. Como? É simples: aproxime sua mão no canal vaginal e, com a palma virada para seus olhos, introduza o dedo indicador no canal vaginal até sentir uma região áspera semelhante àquelas esponjas de banho meio rígidas. Toque o clitóris com o polegar, realizando leves movimentos circulares e, ao mesmo tempo, apertando a região áspera com o indicador. Em poucos segundos, você sentirá o encontro do polegar com o indicador e, logo em seguida, provoque o encontro dos dois dedos, embora estejam separados entre si. Esse estímulo conduzirá a elevados níveis de excitação sexuais e ao orgasmo.

Tente agora, com seu parceiro, produzir essas sensações que, com certeza, serão bem mais intensas. Ahh!! ia me esquecendo: a tal zona áspera é o Ponto G.

O surgimento do Ponto G

Em 1950, o ginecologista alemão Ernst Gräfenberg indicou a possibilidade da existência de uma zona erógena na mulher atrás do osso púbico, perto do canal da uretra, que seria derivado de uma próstata remanescente do período indiferenciado embriológico. A zona erógena seria acessível através da parede anterior da vagina e, quando estimulada, conduziria a grandes níveis de excitação e orgasmo. A denominação Ponto G foi selado pelo sexólogo Addiego em 1981, como homenagem ao médico alemão.

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