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20 de nov. de 2011

O que o aluno pode fazer quando não entende a aula do professor?

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Tanto na esfera docente quanto na do estudante, o mau ensino pode ser analisado em muitas situações. Na parte docente, uma delas é a didática deficiente do professor, expressada pela falta de dicção, incompleto conteúdo, postura indiferente com os alunos, elaboração de provas cujos níveis de questões são mais complexos e não são trabalhados em sala, somente os de menor categoria que nem são cobrados na avaliação, servindo apenas para exercitar o conhecimento.

Entretanto, existem aqueles docentes que embora tenham ótima afetividade com a turma, deixam a desejar no campo de transmissão de conhecimentos, ou seja, não adianta somente ser um professor super camarada e não possuir uma gama de sabedoria, essencial para o preparo da turma aos mais diversos desafios - vestibular, concursos públicos, exames para trabalhar numa multinacional...

Portanto, que medidas podem ser tomadas quando não se entende o conteúdo ensinado?

A lista de reclamações dos estudantes é ilimitada, desde que seja unânime:
- Ele(a) cobra exercícios muito fáceis nas aulas, mas nas provas aparecem questões de difícil interpretação e ainda nos rotulam de incapazes;
- Aquele(a) professor(a) não explica direito a matéria e a turma toda acaba sendo prejudicada;
- Não entendemos nada o assunto desse(a) professor(a) e ainda acha que a gente não estuda e não quer prestar atenção;
- O(a) professor(a) pede que façamos os exercícios na página X do livro, mas na hora de corrigir e explicar não tem paciência.

Como resolver então alguns desses problemas acima?

Quando as dúvidas se acumulam desenfreadamente, a primeira providência dos pais do aluno é contratar um professor particular (antigamente chamado explicador(a) cuja denominação permanece ainda como tradição por alguns) e acham que ele(a) vai ser a salvação da lavoura, porém não necessariamente, pois o interesse e desempenho devem partir também do estudante, mesmo que o professor saiba explicar bem, ou seja, não adianta apenas entender o conteúdo se o aluno não estudá-lo diariamente através dos exercícios.

E se o professor particular não for bom? O caminho mais remediável de todos é, sem dúvida, recorrer aos livros de ricos conteúdos com linguagem bem clara, de fácil entendimento e providos de questões dos mais diversos níveis; e agora temos a internet que chegou de vez à maioria dos lares para dominar completamente com fontes infinitas de informações, desde que se busquem sites confiáveis para a leitura e prática interminável de exercícios.

Por larga experiência, a saída mais eficaz é adquirir hábitos de leitura e, no final, o aluno ganha quase perfeita autonomia, sem ficar na dependência dos ensinamentos do mau professor que insiste em ficar parado no tempo.

Na minha época de estudante, tive um professor de Biologia que sabia apenas para si, ele não tinha força de vontade para dar uma boa aula. Eu me recordo de um papo informal com um colega de turma que me disse que a melhor maneira para se dar bem na prova desse professor, assim como de alguns outros que não sabiam ensinar, era meter a cara nos livros e fazer muitos exercícios, inclusive os de vestibulares, já que as questões das provas eram extraídas de concursos anteriores, assim como até hoje são. E acreditem, o resultado é satisfatório.

A leitura em livros e a prática constante de exercícios são os caminhos mais remediáveis.

Até hoje nunca me esqueço do bate-papo com esse colega e, lamentavelmente, muitos alunos da geração de agora não sabem aproveitar corretamente as oportunidades que os livros e a internet oferecem. Por outro lado, muitos professores de metodologias medíocres e jurássicas não sabem tirar proveito das múltiplas informações presentes nos livros e nas redes.

Muitos afirmam que o livro e a internet são ótimos instrumentos de trabalho. Para os estudantes, sim, mas na visão docente são considerados complementos porque a melhor ferramenta de trabalho do professor é, sem dúvida, o próprio aluno porque somente ele estimula o professor a fazer mudanças de planejamento de ensino. Afinal de contas, a boa e velha frase "O ALUNO FAZ A ESCOLA" tem de fato grande significado.

Quando um profissional de ensino deseja impressionar os estudantes na preocupação de fazê-los entender melhor um determinado assunto, ele usa a criatividade através de recursos atraentes como vídeos didáticos na forma de documentários que tenham ligação com o tema dado e isso ajuda e muito a fazer a turma usar mais o raciocínio do que a viciante decoreba.

Mas se o professor é ruim e o aluno não tiver força de vontade para ter autonomia, só resta a dizer que o segundo veio ao mundo apenas para passear.

6 comentários:

thomaz.eds disse...

Eu não consigo concordar com a frase "O aluno faz a escola", pois muitas vezes o aluno acaba por se deixar levar pelo ambiente da sala, e por não ter foco ou decidido realmente o que quer acaba achando até legal o fato de as aulas não renderem e ele poder ficar conversando... Falo isso por ser o meu caso... Só me antentei ao fato de que eu estava sendo prejudicado pela minha escola e sua equipe quando tava no início do 3º ano, foi quando reparei que eu tinha que escolher alguma carreira, escolher um caminho pra trilhar... Sendo assim eu "desperdicei" do 1º ao 3º ano acompanhando o pessoal "bagunceiro" da sala, que eram uns 10 mas que "contaminaram" toda a sala... Quando me atentei a isso, fui pedir que me mudassem de sala, e quem disse que mudaram?? Usaram essa mesma frase. " O aluno é quem faz a escola". Infelizmente eu não tinha maturidade suficiente pra "fazer" a escola. Eu aprendi muita coisa nesses anos, mas so em matérias que eu gostava, e em outras que eu um dia já amei como matemática, só pude ver a minha rápida queda de atração, uma vez que minha professora era horrível.

11 julho, 2014
THAZ disse...

- Valeu de coração pela visita de vocês e fiquem à vontade para comentar.
- Se possível, embora não seja obrigatório, comentem a postagem.
- Escrever apenas "parabéns" dá a impressão de pessoa preguiçosa e pouco interessada.
- Tem gente que escreve coisas que nada têm a ver com o assunto, pra não desagradar o autor da postagem.
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18 agosto, 2015
Anônimo disse...

Eu tenho uma professora que ao apresentar e explicar a mexplicarão slides dela são só tópicos, e ela explica perfeitamente, todos participam das aulas dela, mas chega na prova, todos vão mal, e não é por conta de ser difícil, e sim de não entendermos, não é falta de interpretação e quando ela faz a correção da prova, ela explica questão por questão e entendemos tudo, como se fosse qualquer prova baba, não sabemos o que acontece.

27 novembro, 2017
Espaço Docente Aprendiz disse...

Bom dia, Anônimo, obrigado pelo seu depoimento. Por isso essas trocas de experiências devem ser compartilhadas para haver busca de soluções e tentar inovar na transmissão de conhecimentos durante as aulas. Em primeiro lugar, é saber se a sua professora treina exercícios do mesmo estilo que é abordado nas provas. Segundo seu relato, percebe-se a paciência dela em explicar os conteúdos. É muito bom quando o professor corrige junto com a turma todas as questões, como se fosse uma revisão, tipo aula de reforço. Contudo, é necessário trabalhar exercícios dos mais simples aos mais complexos. Não adianta o professor abordar apenas questões simples em períodos normais de aula e depois cobrar enunciados avançados, tipo de vestibular, entendeu? Não sei se é o seu caso na escola.

03 dezembro, 2017
Espaço Docente Aprendiz disse...

É, Thomaz, muito complicado, eu entendo. O que acontece é que a expressão O ALUNO FAZ A ESCOLA muda de significado de tempos em tempos, proporcionalmente a mudanças de ideologia, ou seja, o pensamento do aluno de hoje não é o mesmo daquele de mais de 30 anos atrás. Infelizmente, uma ou duas turmas não é destaque na escola por causa de meia dúzia de desinteressados e ainda tiram a atenção dos demais que querem aprender. No momento atual, o aluno que faz a escola é aquele com ideias mais críticas, grandes formadores de opinião, diante de tantas informações a seu dispor, e se souber aproveitá-las logicamente. Para isso, o papel do professor é importante para que essas informações se transformem em conhecimento através de bons métodos de ensino. Nas minhas aulas, acontece isso comigo. Uso duas ferramentas que prendem a atenção do aluno, apesar de alguns não darem atenção por motivos desconhecidos, e isso parece inevitável porque cada um tem sua forma de pensar e agir, mas não prejudicam o andamento das aulas porque conhecem a minha habilidade de ensino em sala de aula. Por isso, o aluno que faz a escola é o que sabe reconhecer o trabalho do profissional. É uma pena que a maioria das escolas não fazem reuniões e seria muito útil para perguntar aos alunos o que ele entende pela frase O ALUNO FAZ A ESCOLA. Muitos que dirigem a escola estão lá apenas para ter o emprego de diretor ou diretora e nem entendem de educação e gestão. Por isso, esse caos todo na educação se espalha como folhas ao vento.

03 dezembro, 2017
Unknown disse...

No mínimo foi professor que escreveu isso .
Pois tem que ter uma instituição a qual cobre dos professores qualidade também.
Além de ser dever e obrigação do aluno se dedicar e ter boa vontade em aprender .
E dever do professor ensinar também com qualidade e amor naquilo que faz.
Assim como tem conselho tutelar e outras demais instituições para o mau aluno .
Tem que ter para o professor.
Pois ir para sala de aula e fica no celular e uma falta de respeito para com o aluno .
E da mesma forma o aluno com o professor

30 novembro, 2018

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- Valeu pela visita de vocês e fiquem à vontade para ler e comentar.
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